quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Olimpo

Glória aos deuses do Olimpo, que brindam a cólera semeada entre os mortais. Neste banquete tragicômico,  nosso sangue é servido em taças de ouro. E digerido cada gota. Nosso trabalho, nossas virtudes, nossos sonhos, nada importam. O que somos para os que lá habitam? Meros atores coadjuvantes, cujas histórias de vida são escritas por suas vontades e caprichos. Cabe-nos assim a resignação à triste condição humana por  eles desenhada. Cômodos estamos e permaneceremos em nossa caverna de Platão. Impedidos somos de enxergar os que devoram nossas vísceras. Somos como Prometeus acorrentados, que não sentimos as aves de rapina consumirem nossos fígados!

É possível libertar-se de tal sina? Sim. A busca da verdade. A essência do que parece ser e não é. Desiluda-se com o embrulho. Enxergue a essência das coisas.

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