sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Eco


E era uma vez uma palavra.


E esta foi lançada ao vento, em direção aos quatro cantos da terra aos ouvidos de todos os seres humanos. Campos agricultáveis ou solos rochosos, longa jornada percorreu e semeou-lhes. 

Não mais retornará de onde partiu. E foi-se, indominável. Atingiu corações e mentes, inocentes ou não. Despertou ou recrudesceu almas. Mas era uma simples palavra até então.

Que significado se dá a ela? A magia de recriar todas as coisas em cada sílaba. O devaneio ou a racionalidade, o sonho e a concretude, esta palavra carrega a energia transformadora, do que é, do que se pensa ser e do que se deseja ser.

E da palavra, nasceu uma frase e na harmonia da mais sublime composição mozartiana, se fez literatura. E se fez vida interior.

De nossas mentes, agora se pode ouvir um grito incessante que diz: ouça a si mesmo! 

E o silêncio se fez. Não o silêncio sepulcral. O silêncio da sabedoria, que ouve e que fez da palavra escutada brotar um dicionário de tudo que realmente importa para sua vida e que dá a ela razão de existir.

Que palavra é essa? Talvez as atribulações do cotidiano nos tenham tornado um tanto surdos, de corpo e alma. Mas um dia a ouviremos. Seja ela qual for, nos trará um destino. De incertezas ou de glórias. E palavras são apenas palavras. E tornam-se vivas quando são praticadas.

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