domingo, 23 de setembro de 2012

Guerra ou paz?


Marcham soldados. Cruzam vales e rios caudalosos, suportando heroicamente o abrasivo calor do meio-dia. Desbravam mitos e medos ao som de clarinetes e tambores. Então, após dias vagando rumo ao seu fatídico destino, chegam ao tenebroso campo de batalha, sendo recepcionados copiosamente pela artilharia inimiga. Em resposta, canhões passam a trovejar bolas de fogo a cruzar o céu. Tudo ao redor fica acinzentado com a fumaça da insanidade humana. 

É guerra! 

Sacrificarão seus pudores em nome de ideologias que sequer imaginam o por que de as defendê-las e que por elas darão ou derramarão sangue de vítimas, inocentes ou não...

E na estratégia do general-comandante, busca-se incessantemente a sabedoria nas atitudes através da prudência de cada passo, a fim de se prevenir de cadafalsos imprevistos.

Em um momento de trégua, um soldado exclamou:

- Eis a vida de cada um de nós, à sombra de desafios e de incertezas, onde por vezes o medo prepondera. E que a vitória nos condena à infelicidade!

domingo, 1 de julho de 2012

Amanhecer.


Ouve-se o canto dos pássaros entoando a sinfonia da vida. 
Natureza guerreira!
A felicidade renasce à medida em que os primeiros raios de sol descortinam no horizonte.
Lentamente, o astro-rei figura em seu lugar de destaque na abóbada celeste.
O brilho noturno das estrelas é por ele ofuscado.
Pessoas acordam. É hora de ir ao trabalho.
Jornada diária pela sobrevivência.
Por vezes, desistimos de sonhar
Ou nos rendemos à realidade que nos é imposta?
De que vale viver
Sem sermos surreais de vez em quando?
Sem lágrimas a derramar?
Sem sorrisos para compartilhar?
O que seria de nós se o mundo fosse monocromático?
Sem drama, comédia...
Somos atores?



Fim de tarde.



É fim de tarde.
Entusiasmante crepúsculo
Brinda a nossa visão contemplativa.
Lentamente, agoniza o sol em um belo espetáculo.
Artista que encena todos os dias, incansavelmente.
Que nos dá a vida, o calor e que dissipa as trevas.
Mas os astros também desaparecem.
Então escurece a abóbada celeste,
Morrem as cores verdes das paisagem.
E passam a brilhar as estrelas no céu.
Silencia-se o canto das aves silvestres.
A lua, firma-se imponente
Até que as horas se passem
E o sol volte novamente
A reinar em grande imponência.
Encantos da vida.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Esplendor natural.


Os ventos jaguaribanos sopram em grande intensidade. 
Amenizam nossa escaldante angústia.
Rapidamente, o suor de nossa face evapora.
A copa das árvores frondosas se sacodem. 
E então, as folhas caem.

E na época das chuvas, a vegetação se torna verde.
O cinza se desfaz. A vida ganha uma infinidade de cores.
Aquarela de emoções
Por vezes, de sofrimentos.
Mas esta é a natureza. 
Dinâmica, imprevisível e...divina.

Tic Tac.




Os ponteiros do relógio se movem.
O tempo não pára. E nem volta atrás. 
Ritmo constante.
Nem atrasa e nem acelera.
Tudo está em constante processo de transformação. 
Do futuro? nada sabemos.
Mas nele projetamos nossos sonhos!
E também nossas ambições.
Escrevemos, ao longo de nossa caminhada existencial, nas páginas do livro de nossas vidas. Dia após dia.
Nele consta os momentos em que choramos, sorrimos...e depois de algum tempo, damos conta do quanto tudo muda ao nosso redor. E que também nós mudamos.
Carpe Diem! 
Apreciemos a simplicidade das coisas. O desabrochar de um sorriso sincero. As doces palavras que embalam nossas alegrias...

quinta-feira, 8 de março de 2012

Ao mar.


Pus meu barco ao mar. Pouco à pouco, fui me perdendo em sua imensidão. Tão azul e fascinante era! Não sei quantas léguas haverei de navegar e nem quanto tempo se passará até que volte novamente ao meu ponto de partida, onde deixei as pessoas que tanto amo.

Na vida de um pescador, a luta pela sobrevivência lhe obriga a correr enormes riscos. Mas não fui à procura de peixes. Fui descobri que terra há do outro lado do oceano e que gente nela habita.

Horas se passaram e já estava quase no entardecer e então senti que as tempestades se avizinhavam. Os ventos de incertezas sopravam forte. Aos poucos, as nuvens cinzentas obscureciam os raios de sol.

Ouvi fortes trovões e clarões riscavam o céu. A tormenta chegou com grande força. Lembrei-me dos tempos de infância, ao ouvir certa vez um velho jangadeiro contar da lenda do marinheiro que pescou um peixe de quase dois metros após velejar por mais de 1 mês sem ter contado com a ajuda de quem quer que seja!  

Segurava em minha mão direita uma bússola, tracei de imediato uma rota de navegação. De repente, uma onda se abateu sobre o barco e descuidadamente deixei-a cair nas águas turbulentas e imediatamente veio à mente a desesperança de um dia alcançar a firme terra de onde partira. Teria, a partir de então, de me guiar por intuição. Contra o vento, direcionei as velas e velejando, fitei o horizonte, almejando chegar ao lugar que não deveria ter saído naquele momento e assim esta experiência não me fez mais o mesmo que fui no início de tal jornada épica.

Conclui que somos movidos por sonhos ou vaidades e que muitas vezes não enxergamos o perigo que corremos ao agir por força de impulso. 

segunda-feira, 5 de março de 2012

Estrelas.




Brilham as estrelas, na imensidão profunda do espaço sideral. Solitárias e distantes, intocáveis no dossel celeste, a embalar nossos sonhos pueris mais profundos. 

Ao olhá-las com minha simples luneta, vejo passado se revelando. E o quão nossa existência é diminuta, ante a complexidade do universo. Talvez elas não mais existam, pois sua luz demora muito tempo até que nossos olhares a contemplem. 


Brilham, anos-luz adiante. Mas quando finalmente elas deixarem de emitir sinal de vida, ficará a lembrança daqueles bons momentos ao olhar para o céu e se ver como parte de tudo.