quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Esparta

Tropas marcham por montanhas e vales. Não há nos soldados qualquer semblante de medo ou temor. Cruzam o mar Egeu até chegarem nos distantes campos de batalha no norte. De repente, falanges se levantam. Ouve-se vozes inclementes clamando por sangue. Sempre a guerra nos ronda. A batalha pela sobrevivência. A resistência à tirania do mais forte. Ou a covardia dos que se acham semi-deuses. Matar ou morrer. Condenar-se à escravidão ou libertar-se das teias de dominação, visíveis elas sejam ou não.

E o verde campo que outrora brotava trigo e cevada torna-se vermelho de ignomínias, graças à cólera humana. Vidas se desfazem sem nenhum remorso de seus algozes. Histórias encerradas em um triste e brutal capítulo tramado por conspirações no Olimpo. O vencedor triunfa por sobre cadáveres até que um dia a deusa fortuna lhe queira mal visto.

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