quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Titã


Viu, do alto da montanha, um mundo inteiro a ser desbravado. Fitou suas atenções ao leste. Havia, no olhar impetuoso daquele jovem aventureiro a convicção de qual rumo deveria seguir. Intuição ou revelação? Não deu importância às incertezas. E caminhou, sem olhar para trás. De cabeça erguida, ao encontro de sua sorte.

Em seus ombros, carregava o peso de uma calejada vida.
Lutava contra cada inimigo que aparecia diante de si com todas as suas forças. Sua mente sussurrava que a maior das derrotas de um ser humano é não ter a coragem de lutar pela busca de sua felicidade. Julgava que a superação dos obstáculos lhe faria digno das mais meritórias das honrarias. Em sua jornada, a cada passo, aumentava sua apreensão. 

Da morte, não tinha medo.

- Que espera por mim adiante? Interrogou-se.

O caminho era longo demais. Sabia que um dia chegaria onde desejava, mas aprendeu que para tudo há um tempo, até para se imortalizar nas páginas da história. 

Mnemosine, escondida na copa das árvores da floresta pela qual caminhava, disse para consigo:

- Quem há de ignorar a sabedoria que Chronos, senhor dos tempos, propicia? 

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